No rasto

No rasto da tribo,
Do luar, do solstício primeiro,
Navego a espuma da nau
Que descobriu o mar.

Errante pela galáctica
No rasto da alma
Desvendo o sonho do lar
No rasto da tribo
Do amor primeiro.

No rasto da sombra
De exércitos de conquistadores,
Na deposição da tribo.
Um tempo sem resgate,
No rasto de névoa perdida.

No rasto do enxame
E das águas do rio
Que ao mar vão ondular.
No rasto aluvianar do diamante
Ou de qualquer estrela candente.

No rasto da espada
De cavaleiro andante,
No rasto da sombra
Do amor que fugiu.
Erecto penetro o vento
Que a fuga pariu.

A deambular frente ao padrão,
No rasto do cais do meu país
No desfiladeiro de ilusões,
Perpétuo de símbolos,
Mão cheia de rosas.

Defronte à estátua da montanha
No rasto de poentes
Nos abraços consagrados de gente
Nas tertúlias do mar Egeu
Fica só o rasto petrificado
Dinossáurico da viagem.

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