Vielas

Vi formas de mar na epopeia
De um falar pelas mansardas,
pregão frente ao beco da saudade,
concertina na oralidade matinal.

Eram ameias para guardar conversas
De destino ao peito da tarde
E baluartes para ecoar versos
Temperados nos degraus das vielas.

Havia um remendo de humidade
A espreitar cortinas de jardim
Nos bancos levantados de liberdade
No esvoaçar cruzado de andorinhas.


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